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(via: pexels)
Quando eu era criança, as tardes de chuva começavam tediosas e se tornavam poesia. Com as luzes apagadas, minha vó cantava: “Chove, chuva… Chove sem parar”.
A voz dela era tão suave quanto água tocando a pele. Ficávamos
debruçadas na janela, vendo as gotas tocarem as poças que formavam.
Mesmo quando em silêncio, sua voz ecoava. Preenchia o tédio. Dava
sutileza às sombras formadas pelo cinza do dia. E eu suspirava.
Suspirava tão fundo, que aquela meia luz parecia suspirar de volta. E eu
fechava os olhos, sentia a brisa fresquinha tocar meu rosto e colo,
sentia um leve arrepio que logo era aquecido pela ternura da voz de
minha vó, que fazia suas preces.
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A Florigrafia é um projeto que nasceu da amizade virtual de Natália, fotógrafa, e Rafaela, designer e ilustradora. Apaixonadas por flores e arte, tiveram a ideia de juntar o que mais gostam: foto, flor e ilustração.
“Como moramos em cidades diferentes, a Nat me envia a fotografia e eu faço o desenho inspirado na foto que ela me manda, ou vice versa. As ilustrações não vem de uma referência exata. Tanto pode ser uma pose normal, cotidiana… mas música também inspira.” (Rafaela Melo)
“Com relação as fotos também não vem de uma referência exata, a gente cria de acordo com o que vem em nosso coração. Nossa inspiração vem da vida! É nossa sensibilidade e sintonia que está aí! Nos inspiramos em sentimentos bons, em delicadezas, e é isso que passamos para as pessoas através do nosso trabalho. Na maioria das vezes não decidimos juntas como será o desenho ou foto do dia, simplesmente fazemos. E é difícil explicar algo que só conseguimos sentir. O nome do projeto veio da hashtag (#florigrafias) que fiz no Instagram para marcar minhas fotografias floridas. ” (Natália Viana) (fonte)
E mais uma:
Quanto amor e delicadeza em cada foto ♥
Curtiram? Então não deixem de acompanhar #aFlorigrafia!
Beijocxs
Lá estava eu, vagando pelas fotinhas de piscina e animais fofos do instagram, quando me deparei com alguém que não me lembro quem postando uma foto com esse livro:
"Levar um tiro o redime do passado, apertar o gatilho o condena para sempre."
Confesso que senti um aperto ao ler "última parte". Uma mistura de sentimentos: por um lado, louca pra saber o final. Por outro, não querendo acabar com o vínculo que criei com os personagens. Esse tipo de sentimento é o melhor termômetro para saber se uma história é realmente boa.
O final foi como a última colherada de negrinho (vulgo brigadeiro para outros estados) ou branquinho (vocês chamam de beijinho, né?) da panela: com um gostinho de quero mais. Muito mais.
Talvez eu tenha shipado ele com a Ju. Talvez... Só talvez.